ATENDIMENTO DOMICILIAR DAS USAFAS: DOSES DE MEDICINA, SOLIDARIEDADE E ESPERANÇA OFERECIDAS ÀS FAMÍLIAS DE GUARUJÁ

Equipe multiprofissional da Usafa Conceiçãozinha realiza atendimento domiciliar em Guarujá

Os mapas dos bairros Jardim Conceiçãozinha e Jardim Boa Esperança estão estampados em verde e rosa na parede da Usafa Jardim Conceiçãozinha. Há uma explicação. A divisão foi feita por meio de estudos desenvolvidos pela Secretaria de Saúde, em conjunto com as equipes de agentes de saúde e enfermeiras, com base no Programa Saúde da Família, do Ministério da Saúde, com o objetivo de organizar as visitas das equipes multiprofissinais às famílias cadastradas para receber atendimento domiciliar na região.


Na quarta-feira (21), a equipe que visitou e deu continuidade ao acompanhamento clínico de quatro famílias do Jardim Conceiçãozinha foi composta por Juliana Sinkevicius Correia (médica), Juliana Gois (enfermeira), Leandro Brito (agente de saúde), Márcia Estevam (agente de saúde), Maiaty Scigliano (dentista) e Fabiana Martins Santos Molina (estagiária em enfermagem).

"Todas as nossas equipes são formadas por profissionais apaixonados pelo que fazem. Eles conhecem todas as necessidades dessas famílias e se dedicam ao máximo para que elas tenham suportes clínico e psicológico de alta qualidade”, explica Vanessa Ramos, gerente da unidade.

1ª visita - Em busca de qualidade de vida


Elaine Maria Aparecida de Souza Lima, 42, se apressa em dar as boas-vindas à equipe que vai atender a sua mãe, Efezia Pereira da Costa, 73, uma cadeirante que sofreu um AVC e necessita do controle de hipertensão e diabetes. A aposentada também faz tratamento de erisipela (doença infecciosa aguda caracterizada pela inflamação da pele).

Em uma espécie de conferência entre os presentes, Elaine, a filha, entre idas e vindas de dois cachorros que vivem no lar, faz um relato de como cuidou da mãe desde a visita anterior. Simultaneamente, são realizados exames de rotina na paciente para que a Dra. Juliana Sinkevicius prescreva a medicação para as próximas semanas. Efezia começou a receber tratamento domiciliar da Usafa Jardim Conceiçãozinha há aproximadamente um ano.


“O apoio da Usafa é muito importante. É difícil a minha mãe seguir à risca o que passo para ela. Já com a presença de especialistas ela entende melhor o que precisa ser feito e aceita as orientações médicas. Sem contar que a visita da equipe evita que ela necessite se deslocar até a unidade”, diz Elaine, que deve ter a mãe visitada novamente no próximo mês.


2ª visita - Avanços gradativos e consideráveis


Quem vê Geronimo Celestino de Oliveira, 73, caminhando do quintal para dentro da casa em que vive no Jardim Conceiçãozinha não imagina que o aposentado não conseguia andar - ou mesmo falar - ao sofrer um AVC que limitou a sua vida.

O filho dele, Eduardo Souza de Oliveira, 37, é quem comemora os benefícios gerados pelo apoio médico. Ao saber do problema do pai, voltou de Santa Catarina, estado em que estava vivendo, para morar novamente em Guarujá, sua cidade natal. Tudo para auxiliar os parentes nos cuidados com o Seu Geronimo.


"Mobilizamos toda a família e tratamos o meu pai em um hospital daqui de Guarujá e com o apoio do atendimento domiciliar da Usafa. No decorrer do tratamento, ele recuperou a fala e passou a conseguir ir ao banheiro e a realizar outras atividades. Ele teve uma melhora significativa!", contou Eduardo enquanto o pai realizava exames complementares.


3ª visita - Atendimento em família

Logo que a equipe se dirige para a terceira visita do dia, Leandro Brito, agente de saúde, faz o alerta para a reportagem. "Este é o caso exemplar de atendimento familiar. Acompanhávamos apenas o senhor e ao longo do tempo identificamos a necessidade de suporte médico também à esposa".

O paciente em questão é Manuel Santana, que está acamado após sofrer dois AVCs em menos de um ano. Sua mulher, Sebastiana, também sofreu um AVC, embora não tenha ficado com sequelas. Ela passou a ser atendida pela Usafa por desmaios frequentes e problemas de visão. Já foi encaminhada para cirurgia oftalmológica.

Mas nada que pudesse tirar o sorriso no rosto do casal.

4ª visita - "A primeira vez achei que era ladrão"
Um dos problemas dos agentes de saúde para a identificação de pacientes é o contato inicial com as famílias. Os moradores, em alguns casos, ficam receosos de se abrirem para a ajuda, seja por desconhecimento do trabalho desenvolvido pelas Usafas ou mesmo por motivos de segurança.


Tatiana Ferrer Duarte é um desses exemplos. Enquanto a sogra Darcy Rosa Rodrigues Duarte, 71, recebia o atendimento da equipe, ela contou à reportagem que pensou em não permitir a aproximação inicial da Usafa. "Quando bateram aqui na porta de casa pela primeira vez eu achei que pudesse ser ladrão. Só depois percebi a identificação e vi que era um trabalho sério e importante", conta enquanto ri da situação e elogia o atendimento domiciliar.


Darcy é hipertensa e diabética. Atualmente, a diabetes está controlada devido ao acompanhamento da equipe e às medicações prescritas pela Usafa Conceiçãozinha. Há também acompanhamento odontológico. Próximo do fim da visita, a dentista Maiaty Scigliano orientou os familiares a realizar a troca da prótese dentária ou, em caso da manutenção, pediu o reforço da higienização do material para manter a saúde bucal da aposentada em dia.

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